lunes, 14 de julio de 2014

Há fogo, há fogo

Final de dia emocionante: um incêndio relativamente perto de casa. Está tudo bem comigo, mas o fogo esteve feio e penso que todos os bombeiros da cidade estão a tomar conta da ocorrência. Pode ver-se desde a janela, mas o fumo está noutra direção. Ainda bem!

Este é um dos problemas que atingem a cidade: má planificação da urbanização. As fábricas estão dentro da cidade. Esta, em particular, está também ao lado de duas bombas de gasolina. Parece que está tudo controlado, mas podia não ter corrido tão bem.








jueves, 10 de julio de 2014

Rir também exercita

Hoje foi mais um dia de ginásio. Aqui ir ao ginásio é sempre tão divertido.

Nunca me tinha apercebido que também no ginásio se podem ver muitas diferenças culturais. Aqui rio-me sempre com atitudes que acho estranhas. As diferenças são ainda mais visíveis, porque o ginásio onde vou, fica numa zona onde vivem estrangeiros. Cada um vive esta "experiência panameña" de maneira diferente.

As roupas, a forma de dançar, a maneira de estar...tudo é diferente. Por exemplo, no final da aula de dança há sempre um fila de alunas para tirar fotografias com o professor e pôr no facebook. E não, o professor não é bonito e é claramente gay, mas elas adoram-no e é uma festa todos os dias.

Enfim, são pequeninas coisas que não dá para descrever. Uma coisa é certa, as aulas de todas as modalidades estão sempre cheias e quase não há espaço para abrir os braços. É tão agradável, com o calor e o suor que há por aqui. Trago sempre umas gotinhas de alguém de recordação. ;)

Hoje a aula estava assim....


miércoles, 9 de julio de 2014

Os frutos da globalização

Estar no Panamá não permite apenas conhecer a cultura local. Estar aqui é também uma oportunidade de conviver com muitos estrangeiros e conhecer a sua cultura. É como viajar todos os dias, mesmo estando sempre no mesmo país.
 
Aprendo muito com os amigos que tenho por aqui. Aprendo expressões, ideias, histórias e às vezes até outras versões de uma mesma história. Até as piadas do alemão, o francês e o português, podem ser vistas de outro prisma e ser contadas com outra moral.
 
À parte dos clichés, das piadas e dos preconceitos, há muito mais por descobrir pelo convívio diário entre as culturas. Esta face da globalização também é muito interessante; é uma experiência pessoal enriquecedora.
 
Hoje finalmente comi a melhor lasanha italiana no Panamá. E preparada por uma francesa. Esta mistura de culturas dá bons frutos :) Obrigada Laura e Gianluca!



martes, 8 de julio de 2014

Originalidade

Hoje tenho que começar por pedir que me desculpem, mas perdi totalmente o timing para escrever o que queria no blog. Além disso, espero que me desculpem, mas vou falar do tema do dia, que já não é nada original – a derrota do Brasil.
A minha ideia era escrever sobre a maneira como os panameños apoiam a selecção do Brasil no Mundial. Ou melhor, apoiavam. Embora o Panamá não tenha conseguido participar no mundial, os panameños vivem isto de forma muito intensa e escolhem apoiar as selecções que lhes são mais queridas ou que pensam que têm maior probabilidade de ganhar.
O que eu ia mostrar hoje era esse apoio que havia para o Brasil. Esta manhã havia muitas pessoas vestidas com as t-shirts do Brasil; desde que começou o Mundial havia imensos carros com bandeirinhas do Brasil, etc.
 
De manhã não tive tempo de tirar fotos. Pensei tirar quando saísse do trabalho. Mas neste meio tempo (aqui o jogo foi às 15h) deu-se esse grande drama, que ninguém podia imaginar. Fiquei sem material para a fotografia…
 
Não gostei por duas razões: primeiro, estragaram-me o blog; segundo, grande apoio este! Da minha parte, realmente tenho pena pelos brasileiros. Para a próxima será melhor! ;)

lunes, 7 de julio de 2014

E esta hein?!

Ontem eu comentava que achava estranho que no Panamá as lojas dos centros comerciais fechassem às 7h da tarde ao Domingo, e nos dias da semana às 8h. E um amigo francês respondeu-me que eu tinha de entender que nem todos os povos eram como os portugueses, que adoram trabalhar, mesmo sem condições.
 
Fiquei a pensar nisto. A ideia que ele tem dos portugueses são os emigrantes que foram para França e se sujeitavam a tudo. Trabalhavam sem se queixar, com a maior dedicação. Esses que vemos no filme "A Gaiola Dourada".
 
Não tive a oportunidade de responder que não é bem assim. Acho que apesar de ele ter a ideia que os portugueses gostam de ser escravos, é no bom sentido; por isso, deixei ficar assim. Mas fiquei a pensar no assunto.
 
Hoje, como todos os dias, vi estes colombianos a trabalhar. Por volta das 7h30 da manhã vão buscar o carrinho a um armazém, empurram-no durante 40 minutos, passam o dia todo a servir salsichas (debaixo do calor e da chuva) e voltam às 17h30 para ir deixar outra vez o carrinho no mesmo lugar, fazendo novamente um caminho de 40 minutos. Todos os dias os vejo passar com o seu carrinho, no meio do trânsito, subindo, descendo, desviando-se de buracos, etc. Vão sempre alegres, a contar piadas e a rir-se.
 
Talvez um dia eu também diga que os colombianos são assim: gostam de trabalhar como escravos e ainda por cima, estão sempre alegres. ;)

viernes, 4 de julio de 2014

Trabalho que vale a pena

O meu irmão chamava gunga à sua chupeta. Ou melhor, ele tinha várias gungas. Como a minha mãe diria, um génio. Um génio por ter sempre um Planp B, Plano C, etc. Mas hoje descobri que é mais do que isso. Ele, à maneira dele, já sabia o que era o Gung Ho. Eu só aprendi hoje.
 
Hoje tive reunião de equipa. Uma equipa com quem trabalhei estes 6 meses e que estou prestes a deixar, em 2 semanas. Vimos um filme que explica o que é o Gung Ho, que achei muito interessante. Este é o nosso espirito e espero que também assim o seja numa próxima equipa de trabalho.
 
Esta foi a equipa que me acolheu no Panamá :) Aqui estão também os panameños mais simpáticos que conheço,lol!



Todos esquilinhos, castores e gansos!!! Há que ver o filme para saber do que estou a falar. É um filme antigo, mas com uma mensagem sempre atual. Para quem estiver interessado em descobrir o que é o Gung Ho, fica aqui o link: https://www.youtube.com/watch?v=f_w7HBvMR6k


jueves, 3 de julio de 2014

Estranhas criaturas verdes

Quando vou para o trabalho, vejo sempre umas criaturinhas verdes, por todas as partes. São uns periquitos ou papagaios que há por aqui. São muitos; quase tantos comos os pardais que há em Portugal.
 
São muito engraçados. Andam sempre aos pares e fazem um cagaçal desgraçado. Não cantam como os outros pássaros; gritam. É um barulho estridente, incrível.
 
Curiosamente uma das "casas" que escolheram para viver, é um edifício enorme, que se chama Caja de Ahorros. É como se fosse a sede da Caixa Geral de Depoósitos, mas versão mais mini. Fazem buracos nas paredes. Não sei se é por diversão ou para fazer ninho. O que é certo é que o edifício, que supostamente é muito importante, está todo esburacado.
 
Todas as manhãs passo por lá e fico impressionada com a força que estes bichinhos devem ter. Não são maiores que a palma de uma mão, mas gritam e furam paredes como ferozes bestas.
 
Apesar de tudo, gosto deles. E há muitos panameños que também gostam. Já os vi em algumas gaiolas (devem ter de ser umas especiais, contra terroristas!) e hoje no bus uma rapariga ia com o seu periquito ao colo; como se de um cãozinho se tratasse. Pelos vistos são domesticáveis, porque este estava bem calminho enquanto ela lhe fazia festinhas.
 
Animas interessantes estes que há no Panamá :)



miércoles, 2 de julio de 2014

Há dias assim

Há dias assim: demasiadas decisões de adultos, demasiadas dúvidas, saudades... Felizmente sei que chego a casa e tenho a minha "nova família" para falar, desabafar, rir...enfim, ser família!

Antes de sair do trabalho, decidimos que hoje era um dia daqueles para jantar juntas e abrir uma garrafa de vinho. O saca-rolhas que comprei ontem, estragou-se! Pronto, cerveja então! E cada uma conta as "desgraças" do seu dia. Sabes quando o problema é tão inexplicável que começas a rir ou não há nada para dizer?

Vemos um filme. Assim não é preciso falar e não precisamos pensar. De muitos filmes, escolhemos "A Casa dos Espiritos". Ando a ler Isabel Allende para praticar o espanhol, por isso fazia sentido. Eu que nunca gostei de ler e acho que nunca tinha conseguido ler um livro do principio ao fim; já li 4 desde que estou no Panamá. Coisas estranhas acontecem!

Começo a ver o filme e começo a achar estranho. Durante o filme: "Isto parece Lisboa"; "definitivamente...olha os passeios"; "E isto é a Assembleia"...Não sabia que o filme foi rodado em Portugal. Uma boa surpresa: ver a minha cidade uns minutinhos ao fim do dia.

Há dias assim: não percebemos porque as coisas são assim, mas eu acredito que tudo acontece por alguma razão :)


martes, 1 de julio de 2014

É disto que o meu povo gosta

Hoje é feriado no Panamá. É um dia muito importante e que tem de ser celebrado. Eu, pelo menos, concordo perfeitamente. E digo mais: pena que não haja mudanças de governo todos os meses ;)
 
Sim, hoje é feriado porque é o dia de tomada de posse do novo presidente. Começou bem: feriado para todos para poderem ver e estar presentes neste grande momento. É de presidentes destes que nós precisamos.
 
Em Portugal dizem que as pessoas não se interessam pela vida politica. Claro! Não nos deixam fazer parte dos momentos importantes. Não dão feriados e depois queixam-se. Aqui a vida politica é muito mais emocionante: na campanha politica dão montes de prendas às pessoas - carros, casas, comida, etc - e no fim disto tudo, ainda dão feriado. Mas há alguma vida politica melhor que esta?
 
Eu só não vi a tomada de posse, porque não sei a que horas era. Mas o feriado aproveitei-o bem. Quer dizer, dentro dos possíveis! É que aqui falham sempre pequenas coisas nas organizações de eventos - esqueceram-se de tirar as nuvens do céu! Ainda tentaram a meio da tarde, remediar a situação, mas foi só uma horinha, depois voltou o tempo cinzento. Mas eu até entendo, é para a pessoa não gastar dinheiro no protetor solar.
 
Hoje o céu esteve assim. Eu sei que isto não é muito estranho, mas para mim sim. Há muito poucos dias sem sol no Panamá, e calhou logo no feriado. Eu bem digo que na organização de eventos, os pormenores fazem a diferença... ;)