lunes, 17 de marzo de 2014

Canal do Panamá

Este Sábado, fui conhecer o Canal do Panamá, finalmente! Quando me disseram que vinha para o Panamá, o canal era tudo o que eu sabia sobre o país. Sabia, quer dizer, já tinha ouvido falar...

Agora sim conheci e sei o que é o canal, e gostei muito! Para além do que já sabia, da sua importância para a logística mundial, conheci mais sobre a dimensão desta obra e os impactos que tem na economia do país. No canal circulam atualmente entre 35 a 40 barcos diariamente e pagam em média 400.000 dólares para poderem atravessá-lo...fazendo as contas é tanto dinheiro, que nem consigo contar; e é do estado panamenho, ou seja, dinheiro a entrar diretamente nos cofres do Estado. Em Portugal também nos dava um jeitaço: um barquinho por dia, nem sabe o bem que lhe fazia.

Além de ser um canal de logística muito importante, que liga o Oceano Atlântico ao Oceano Pacifico mais rápida e facilmente, representou também uma obra de engenharia fantástica e que envolveu e envolve a participação de muitas nações. Por sinal, até meados dos anos 70, o canal era dos Estados Unidos; só então se assinou um contracto que dá total soberania do país sobre o mesmo.

Agora estão quase a terminar as obras de alargamento do canal. Com este investimento, vai ser possível duplicar o número de toneladas que passam diariamente por aqui, porque vão poder passar barcos de dimensões muito maiores, adequando-se às necessidades do transporte marítimo atual. Recentemente houve um impasse nestas obras, porque digamos que houve uma pequena derrapagem orçamental, mas na passada sexta-feira já assinaram novamente um acordo e prevê-se que as obras terminem em Dezembro de 2015 (e não em Agosto de 2014, como estava previsto inicialmente).

O canal faz 100 anos agora e seguirá sendo uma mais-valia estratégica para o Panamá por muito tempo, e depois do alargamento terá uma importância ainda maior. Prevê-se que vá entrar muito mais dinheiro no país, embora também haja estudos que digam que essa riqueza não será repartida de forma igualitária e, portanto, não terá um efeito directo na redução da pobreza. Por enquanto há que esperar para que terminem as obras...

Aqui ficam algumas imagens dos barcos a passarem no canal:


Esta é a esclusa de Miraflores. O que se vê aqui são as comportas, que sustentam a água e depois hão-de deixar passar o barco.

 
Ao fundo vinha o barco a chegar, acompanhado de um dos barquinhos do canal, que encaminham e dão as indicações de como proceder.
 

O barco entra e umas pequenas locomotoras acompanham todo o seu percurso, para que não choque contra os muros e se mantenham no centro do caminho. São 4 locomotoras feitas no Japão pela Mitsubishi e cada uma custa 2.3 milhões de dólares.



Depois de entrar, é como um elevador, o nível da água tem de baixar (Conseguem ver que no caminho ao lado, o outro barco que está a entrar, tem mais água do que este - na foto anterior, os dois estavam iguais).

Embora o nível do mar seja igual nos dois oceanos, há zonas do canal que estão na zona montanhosa e estão 26 metros acima do nível do mar. Quando os barcos entram no canal pelo Oceano Atlântico têm de subir os 26 metros e depois para entrar no Oceano Pacifico têm de os voltar a descer. O percurso total do canal leva entre 8h a 10h, mas esta parte dos "elevadores" é menos de 30 minutos.


Quando o nível da água desce, podem abrir as comportas e deixar passar o "barquinho".


E lá vai ele rumo ao Oceano Pacifico.



Enquanto um vai, já está a chegar outro no outro corredor e o nível da água a subir para um próximo barco que passe nesta "faixa". A parte mais difícil do canal é esta dos elevadores, de conseguir fazer isto a barcos enormes, usando apenas a força da gravidade, sem uso de energias.

Espero que tenham gostado da explicação sobre o Canal do Panamá e que um dia também possam vir visitá-lo :)

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