martes, 25 de febrero de 2014

Quem espera, sempre alcança (paciência)

Hoje vou falar de algo que está muito relacionado com algo que já falei anteriormente e sobre o qual vou continuar a falar. Talvez este seja o ponto onde se nota uma maior diferença cultural: o atendimento ao público.

Já tinha falado da falta de sorriso e vontade que os panameños demonstram e dei alguns exemplos. Este é um problema com o qual me deparo todos os dias e, quer queiram ou não, me continuam a surpreender e a jogar com a minha paciência.

Fui comprar um bilhete de autocarro de longo curso. Aqui todos os bilhetes têm de ser comprados presencialmente (internet, lá para 2040, talvez) e num único sitio. Como seria de esperar, geram-se filas, mas não como estamos habituados...

É que aqui há uma bilheteira para cada destino. Cada vendedor só vende para 1 destino. Se não houver ninguém para esse destino e o colega do lado estiver com uma fila enorme; pois, vai descansar e esperar que "chova". Há portanto muitas bilheteiras e também muitas pessoas.

Chegando ao terminal, procura-se a bilheteira do destino e espera-se na fila. No Panamá, quase sempre desespero de tanto esperar. Quando chegou a minha vez, a senhora disse que tinha de organizar uns papeis, para eu esperar uns minutinhos.

Tudo estaria bem,não fosse a senhora aproveitar para ver uns documentos, imprimir, sublinhar, tirar apontamentos...uns 15 minutos, no mínimo! A fila sempre a crescer e ela, ali estava, tranquila, fazendo a sua análise, como se fosse normal. A pressão das pessoas em nada a afetava.

E pedir desculpa? E propor outras opções? Nada, continua com a sua cara trombuda e as pessoas vão pelo mesmo caminho. Quem espera,acaba por adotar a cara panameña...não há outra forma.

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